Tem como passar reto e não fotografar um letreiro destes?
Andando por Buenos Aires, as placas das fachadas, de cores fortes, muito elaboradas, me chamaram a atenção. Fotografei tudo que vi pela frente. Na volta, fui me informar a respeito e percebi que o assunto é muito extenso, uma arte muito peculiar, com seus detalhes e características. Abaixo, coloco alguns trechos do pouquinho que aprendi. Para quem quiser saber mais, há na internet uma vasta bibliografia.Filete portenho |
Em 1970 foi organizada a primeira exposição do filete, e a partir daí ganhou uma maior importância, sendo reconhecido como uma arte da cidade e promovendo a sua extensão a todo tipo de superfícies e objetos. Alguns especialistas habilidosos: Ernesto Magiori e Pepe Aguado, Miguel Venturo, Martiniano Arce. A imagem, conhecida por todos, do Havanna, é do artista do momento, Alfredo Genovese. Ele dá cursos e tem um site muito instrutivo sobre o assunto.
Comprei a latinha de açúcar, não resisti. Em casa fui descobrir que o desenho era dele.
Alfredo participou de diversas campanhas famosas e tem muita bronca do quanto tem sido copiado. Tem uma parte somente sobre isto no site dele.
Este é um dos exemplos citados por ele. A foto eu tirei sem saber da história toda, é claro. Ele está coberto de razão, afinal, ele cria, os outros copiam e ele não ganha nada com isto.
Existem diversas aplicações da mesma arte, algumas de gosto duvidoso, menos elaboradas mas nem por isto menos engraçadinhas e funcionais.
As plaquinhas fazem o maior sucesso entre os turistas.
Estes eu vi na Calle Florida.
O ressurgimento do fileteado deve-se ao engenho e à criatividade daqueles que procuraram novas superfícies para plasmá-lo. Assim, tanto as paredes da cidade quanto peças de roupa, garrafas, capas de CD ou mesmo a pele humana, através da tatuagem, são alguns dos diversos lugares e objetos pelos quais se propagou. Uma campanha publicitária para o canal de TV Much Music foi realizada com o corpo dos apresentadores e músicos fileteados por Alfredo Genovese.
Filete portenho em Buenos Aires |
Comentários
Obrigada e parabéns!
Abraços,
Ana